domingo, 11 de dezembro de 2011

Hipertensão Arterial



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                A Hipertensão Arterial (HTA) é um factor de risco para todas as doenças cardiovasculares, por isso, é muito importante fazer um controlo e acompanhamento da mesma.
                Os principais orgãos afectados pela HTA são os rins, cérebro, olhos e coração.
                Na sua maioria, a HTA não apresenta sintomas, por isso, ela é considerada uma “assassina silenciosa”.
                Com o envelhecimento a HTA torna-se mais comum. Em idade jovem adulta e no início da meia idade tem maior incidência nos homens, já entre os 55 e 64 anos o número de homens com HTA é praticamente o mesmo que as mulheres. Depois dos 65 anos a HTA é mais incidente ( incidência representa o número de novos casos) e prevalente (representa o número de doentes que já tinham a doença) nas mulheres, facto também explicado pelo aparecimento da menopausa na mulher.
                Na comparação inter-racial, a HTA incide mais sobre a raça negra do que branca.
                A tensão arterial é a relação entre a quantidade de sangue que o coração bombeia para as artérias com a resistência exercida por essas artérias ao fluxo sanguíneo. Assim, quanto mais estreitadas e/ou “enrijecidas” estiverem as artérias maior será a pressão exercida sobre elas pelo sangue, logo, haverá um aumento da tensão arterial.
                Há vários factores que estreitam e/ou “enrijecem” as artérias como, por exemplo, o tabaco, a gordura (colesterol total, LDL), o álcool, stress, entre outros.
                Tipicamente a tensão ideal encontra-se nos 120mmHg (milímetros de mercúrio) de “máxima” e 80mmHg de “mínima”, ou abaixo destes valores.  De modo geral, compreende-se por HTA, para tratamento farmacoterapêutico, quando os valores são iguais ou superiores a 140/90(mmHg).
                A “máxima” designa-se, clinicamente, por pressão sistólica (sístole) que representa a pressão que o coração gera quando bombeia o sangue para as artérias.
                A “mínima” é chamada na clínica por pressão distólica (diástole) e representa a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, ou seja, entre os batimentos.
                Diz-se Hipertensão Essencial quando a causa não é conhecida e Hipertensão Secundária quando a causa está determinada (exemplos de causas: medicamentos e distúbios renais)
                Para o tratamento  e prevenção da HTA é indispensável uma mudança de hábitos de vida (controlo do peso, exercício físico, alimentação, tabaco e álcool).
                - Na alimentação comece por diminuir o consumo de sal e gorduras na comida pois como o sal provoca retenção de líquidos e as gorduras o “enrijecimento” dos vasos sanguíneos contribuindo, desta forma, para o aumento da tensão arterial. Evite alimentos salgados e gordurosos como carnes “vermelhas” e curadas, batatas fritas, enlatados ou pré-cozinhados, entre outros.
Tenha uma alimentação variada e dê preferência ao consumo de frutas, vegetais, lacticínios com baixo teor em gordura, azeite (gordura “boa”) e peixe;
                Evite o consumo de café e chá preto. A cafeína (substância que integra o café e chá preto) provoca um aumento da pressão sanguínea.
                - Tenha atenção ao consumo de álcool, este não é alimento. Beber mais de 45ml de bebidas deltiladas, 225ml de vinho ou 670ml de cerveja diariamente pode levar a um aumento da tensão arterial;
                - Reduza o seu peso caso o IMC (índice de massa corporal) seja igual ou superior a 25. O IMC é igual à divisão do peso (em kg) sobre a altura² (em metros).
                - Exercite o seu físico. Mesmo sem perder peso o exercício físico de resistência (aeróbico) pode baixar, em algumas pessoas, a tensão arterial.
                -Deixar de fumar retarda o processo de aterosclerose (estreitamento dos vasos sanguíneos) em pessoas hipertensas. O fumo aliado à HTA aumenta em grande número o risco de lesão arterial.
                Caso tenha feito estas mudanças nos seus hábitos de vida durante um periodo de 3 a 6 meses e a tensão não baixar, o melhor será dirigir-se ao seu médico para que ele institua um esquema farmacoterapêutico (medicação)  mais adequado à sua história clínica.
                O “melhor” medicamento para a HTA varia de pessoa para pessoa pois existem vários factores que interferem com o seu sucesso terapêutico (exemplos: idade, raça, grau de HTA, outras doenças associadas, efeitos secundários do medicamento, interações com outros medicamentos e/ou alimentos). Outro factor que não interferindo com o efeito do medicamento deve determinar a sua escolha é o seu preço.
                Muitas vezes os primeiros esquemas terapêuticos não têm sucesso, este deverá ser alterado até que se consiga controlar a tensão em valores abixo dos 140 mmHg (sístole) e 90mmHg (diástole). Se se tratar de diabéticos ou doentes que tenham algum tipo de doença crónica renal os valores são mais “apertados” baixando para 130/80 mmHg, respectivamente.
Ciclo de Formações Farmácia Misericórdia: “Doenças cardiovasculares” dia 28 de Maio pelas 10:00

Postado por :Maria Vanderléia Saluci Ramos 

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