terça-feira, 10 de abril de 2012

DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO MINISTÉRIO? INACEITÁVEL!


Por Ricardo Ribeiro

Ví dias atrás a matéria do Pb. Robson Silva, enfocando o tom
pré-conceituoso e impensado do Presidente da CGADB Pr. José
Wellington, que segundo o denunciante, afirmou:

“... mesmo diante da posição que o Senhor nos elevou, conservamos um relacionamento humilde e de tratamento
igual tanto com aqueles crentes mais ricos, quanto com
aqueles irmãozinhos (sic) mais humildes, mesmo aqueles
de cor escura (sic).”(*)

Este episódio fêz lembrar-me de minha passagem pelo Rio de
Janeiro, quando fiquei hospedado na casa dos meus amigos Zicri,
Jasinho e seus irmãos integrantes da Banda Kainon. Afinal, nascí
e me criei com estes amados irmãos em Recife, os quais são exaltados
por Deus hoje no Brasil e no mundo.

Interessa destacar apenas o que me estarreceu ao ouvir o prezado amigo afirmar que estava sentindo discriminação por parte da família do referido Presidente da CGADB. Custei a acreditar mas, ele não tinha razão para criar um factóide. E agora vem a tona mais este to episódio envolvendo o referido presidente.
Isto fêz lembrar-me de um ocorrido tempos atrás na veneza brasileira, Recife. Um senhor bem trajado com roupas sociais finas, acompanhado de uma bela loira entra num restaurante granfino pedindo um prato com bacalhau, o
seu predileto. Ao que interpelado pela filha da dona, uma portuguesa, foi impedido de, sequer sentar na mesa, sendo convidado a retirar-se. Motivo? Era negro e de uma coloração jamaicano-azul petróleo, para eles. Ele tentou educadamente informar àquela jovem que sua mãe sempre o atendia bem ali e estranhava o presente atendimento. No entanto, ela insistia a que se retirasse, o que de pronto o fêz.

Meia hora depois, para um caminhão do Exército na frente do restaurante. Descem dezenas de homens com fuzís nas mãos. O capitão adentra furiosamente no recinto, acalmando os ânimos dos fregueses e instando-lhes a que terminassem as refeições. Ao sair da cozinha enxugando as mãos num pano, a filha da dona do bar, assustada pergunta do que se tratava. Perguntando-lhe o capitão se ela era a dona, afirmou que sim. Ao que de pronto determinou: "A senhora está presa!" O marido que quis intervir também foi preso. Antes que fossem levados às grades porém, os conduziu a cabine do caminhão. Pediu que olhassem dentro. E qual não foi a surpresa. Lá estava o "Negrão Jamaicano-Azul Petróleo" para eles.

Ela empalideceu e tentando concertar o inconcertável, afirmou que estava havendo um engano. O capitão perguntou se ela conhecia aquele homem. Como ela não conseguia falar clara e prontamente, interrompeu-a asseverando: "Aquele negro alí é o nosso General de Divisão do nosso glorioso Exército Brasileiro! A senhora sabia que no Brasil, discriminação racial é crime inafiançável?" Não se comovendo com as lágrimas e prantos da mulher e aflição do esposo, pergutou ao General, que jazia triste e cabisbaixo na cabine: "O que faço meu General? Levo-os presos? ". "Não! Respondeu ele calmamente. Creio que basta esta lição." Tal era a sua nobreza, 80% dos meus melhores amigos foram e são negros. Moisés casou com uma negra etíope, Jesus foi ajudado por um negro de cirene, norte da líbia, ao carregar a cruz, só prá começo de conversa. O sangue que corre por baixo da pele negra, branca, parda ou amarela é um só, vermelho. Ele é o que interessa.
Apesar de não ter sido com ele, este é o segundo General de Brigada, negro, do Exército Brasileiro, Gal. Jorge Alves Carvalho.


 


Postado por : Maria Vanderléia Saluci Ramos

http://resistenciacristaj.blogspot.com.br/2011/01/discriminacao-racial-no-ministerio.html