segunda-feira, 28 de maio de 2012

China e Ruanda enfrentam problema da superpopulação


 

Esta semana, o Fantástico estreia uma nova série: “Planeta Terra: lotação esgotada”, apresentada pela repórter Sônia Bridi. Ela e o repórter cinematográfico Paulo Zero foram aos cinco países mais populosos do mundo e também à África, o continente que mais cresce, para descobrir, afinal, quantas pessoas o planeta pode sustentar? Na primeira reportagem, a dupla vai mostrar dois países que enfrentaram de maneira diferente o problema da superpopulação. E de quebra ainda encontraram um bando de gorilas. Uma experiência inesquecível.

Assim avança a humanidade. Nos sonhos e ambições, nas dificuldades e conquistas de bilhões de famílias ao redor do mundo. Como nenhuma outra espécie, moldamos a terra às nossas necessidades. Já passamos dos 7 bilhões e seremos 1.500 a mais até o fim da reportagem. Planeta Terra, lotação esgotada.

Mas, afinal, quantas pessoas a Terra pode suportar? Existem várias respostas para essa pergunta. Tudo depende do padrão de vida. Se formos todos viver igual às pessoas da Índia, não teria problema. Poderíamos chegar a 15 bilhões de habitantes.

Por outro lado, se todos vivêssemos como os americanos, já estaríamos encrencados. É que, com o padrão de vida dos Estados Unidos, a Terra só suportaria 1,5 bilhão de habitantes. Já teríamos 5,5 bilhões sobrando no planeta. O problema é que o padrão de vida americano é a aspiração de muitos povos ao redor do planeta.

Em um mundo tão desigual, já gastamos mais recursos do que podemos repor. A família humana entrou no cheque especial. Quase metade da população da Terra vive em cinco países. Desses, quatro estão em pleno crescimento econômico, aumentando o consumo de tudo, de comida a automóveis.


O Brasil é o quinto, com 192 milhões e meio. Antes vem Indonésia, com 238 milhões; Estados Unidos, com 313 milhões e meio; Índia, com 1,21 bilhão, e China, o mais populoso, com 1,34 bilhão de habitantes. Uma civilização de cinco mil anos, e uma unidade racial que faz do estrangeiro verdadeiramente um estranho. A China sabe que o tamanho da população é sua força, e também sua fragilidade.

Há 34 anos, com a população chegando a 1 bilhão, o governo chinês tomou uma decisão dura. Passou a ter um controle rígido de natalidade que ficou conhecido como A Política do Filho Único. Sem ela, o governo diz que hoje teria 400 milhões de habitantes a mais. Dois Brasis inteiros para vestir, alimentar, educar, abrigar. E se todo país reconhece os benefícios dessa medida, para cada família chinesa ela representa um imenso sacrifício.

A filha é uma fonte interminável de orgulho para a família. Aos 4 anos, é cuidada e estimulada pais e avós. A mãe do pai até mora na mesma casa. Pela lei, o arquiteto Chunguang Zhou deveria se dar por contente. Mas ele quer mais. Ele acha injusto não poder ter outro filho. Um menino.

A mulher interrompe para dizer que não concorda. Outro filho, tudo bem, mas não importa se é menino ou menina. Ele explica: “Sou de família tradicional e na China é o filho homem quem cuida dos pais na velhice”.

O casal pode ter um segundo filho, pagando uma taxa que varia de acordo com a renda familiar. No caso deles, por volta de R$ 20 mil. “Estou trabalhando duro para conseguir esse dinheiro”, afirma o arquiteto.

Contra a vontade da mulher, que de bom grado usaria todos os recursos na melhor educação possível para a pequena.

O controle populacional foi uma das estratégias de desenvolvimento da China, que em três décadas saiu da miséria para se tornar a segunda potência econômica mundial. Maurice Strong, o idealizador da Rio 92, hoje consultor de sustentabilidade do governo chinês, diz que, mesmo querendo ter mais um filho, a maioria dos chineses entende que é do interesse do país limitar o crescimento populacional. “A China tirou mais gente da pobreza do que qualquer outra nação na história”, lembra ele.

E mesmo com tudo isso, a população chinesa cresce mais rápido do que a brasileira.

“Quando as mulheres têm acesso à educação e liberdade, elas no mundo inteiro têm menos filhos e se dedicam mais à educação de um número menor de filhos”, diz o economista Sergio Besserman.

Ruanda, no coração da África, o continente onde a população mais cresce. Este país tem menos de 1% da população da China, mas é tão pequeno, que para ter o mesmo número de pessoas por quilômetro quadrado, a China precisaria ter quatro bilhões de habitantes. Com tanta gente concentrada em um território pequeno, Ruanda já perdeu quase toda a sua floresta, colina após colina, coberta de plantações. Na capital, canteiros e flores.

Em meio aos jardins da Ruanda de hoje, é difícil acreditar que há apenas 18 anos esse país foi palco do massacre de quase um milhão de pessoas. Em Kigali, o Museu do Genocídio tem covas coletivas de vítimas. Testemunha da brutalidade que começou com o pretexto de diferenças étnicas, mas que era, principalmente, a disputa por terra e recursos.

Vizinhos contra vizinhos, o assassinato brutal dos tutsis pelos hutus. Em poucos dias, um em cada dez ruandeses estava morto. Nas montanhas, outro massacre: o dos gorilas. Caçados para virar souvenir e com suas florestas destruídas para dar lugar a plantações. Eles chegaram à beira da extinção porque o povo precisava comer e recorria ao que tinha à mão.

Passados 20 anos, Ruanda deu a volta. São os gorilas que ajudam a salvar os humanos.

Vamos subir a montanha e tentar encontrar um dos 17 grupos, 17 famílias de gorilas que vivem nessa área. E é justamente essa aventura, esse passeio em busca dos gorilas, que está mudando a vida nessas montanhas de Ruanda. Caminhamos quatro horas montanha acima.

Encontramos um grupo de batedores, eles localizaram uma família de gorilas que está bem perto.

Estavam mais perto do que se pensava. Uma família inteira, 20 gorilas. O chefão descansa debaixo de uma árvore. Um macho de quase dois metros de altura. É de tirar o fôlego.

“É inacreditável pensar que estou a menos de quatro metros de um Silverback, que é o macho dominante, um gorila de 200 quilos. Os outros três menores são adolescentes, são jovens, que ficam ali brincando com ele. O mais incrível é pensar que a vida dessas criaturas está ajudando a salvar a vida de milhares de pessoas em Ruanda”, diz a repórter.

A vilinha ao pé da montanha é a primeira beneficiada com o programa que aplica nas comunidades a taxa de ingresso dos turistas do parque: O equivalente a R$ 1 mil por pessoa. Assim, eles compram melhores semente para as lavouras. A produtividade quase dobrou nos últimos dez anos.

O espetáculo de dança é para turistas. À frente, um dos últimos pigmeus de Ruanda. As tribos e etnias se juntam e ganham para manter as tradições. “Aqui temos trabalho e não precisamos mais ir buscar o sustento na floresta”, diz o responsável pelo espetáculo.

“Isso não só faz a gente se sentir melhor fazendo esse tipo de turismo como a gente fica até mais generoso. Você está distribuindo riqueza”, diz Fábio Tadeu Panza.
E que riqueza. O turismo é a maior fonte de renda do país. Ele dá o primeiro emprego a Aspasia, aos 55 anos. Fomos até a casa onde ela vive com três dos oito filhos, e alguns netos. Eles estão indo para a escola nova que foi construída na comunidade com ajuda do dinheiro do turismo. E o número de escolas se multiplica. A melhor chance de modernizar a economia no país, que ainda tem 85% da população no campo.

Uma das filhas de Aspásia foi mãe aos 24 anos. Agora está no programa de planejamento familiar da vila, também patrocinado pelo turismo. A mãe teve oito filhos, ela planeja três.

Na cozinha da casa feita de barro Aspásia prepara uma espécie de polenta de milho branco, também colhido pela família. Quando fica pronto, ela parte como fio e serve. Acompanha um cozido de feijão com couve da horta. Comida nutritiva, cheia de proteínas. Crianças saudáveis, cheias de apetite e de saúde para aprender.

No alto da montanha, outras crianças se divertem em segurança. Os gorilinhas brincam de luta. Implicam um com o outro. O pai volta e meia levanta a cabeça, parece que vai reclamar da bagunça dos meninos, mas volta a dormir.

Os pequenos curiosos nos seguem. Estão acostumados com humanos, mas hoje trazemos uma coisa diferente. O reflexo da própria imagem refletida na lente é intrigante. Somos obrigados a nos afastar o tempo todo para evitar um contato físico. Mas um deles é especialmente sapeca, passou pelo meio das pernas da repórter.
O nome desse gorilinha quer dizer Maria Vai Com as Outras. Ou seja, está sempre seguindo as pessoas. Dessa vez, ele está seguindo a gente porque está obcecado com a câmera.

Um pouco mais à frente, encontramos uma fêmea com um bebê de apenas 3 meses. O que mais impressiona é que, depois de tanta matança, uma carnificina que levou essa espécie até perto da extinção, essa mãe com um bebezinho permita que uma pessoa fique tão perto, sem se sentir ameaçada.

Em Ruanda, a confiança está sendo reconstruída. Entre homens e animais. Entre as tribos. Mostrando que, fazendo o que é certo, tem espaço na Terra para todos.


Fonte:http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1680454-15605,00-CHINA+E+RUANDA+ENFRENTAM+PROBLEMA+DA+SUPERPOPULACAO.html

Postado por: MSUL Priscila

Lotação esgotada: 925 milhões de pessoas no mundo passam fome

Na Índia, no desespero por comida, tem gente enfrentando até mesmo uma fera das selvas: o tigre de bengala.


A repórter Sônia Bridi vai à Índia, o país que em menos de 15 anos será o mais populoso do planeta, e mostra que, no desespero por comida, tem gente enfrentando até mesmo uma fera das selvas: o tigre de bengala.

Uma luta interminável com as forças da natureza. A estação das cheias está chegando. E os moradores do maior mangue do mundo tiram argila do leito do rio, na maré baixa, e constroem diques. E reforçam os que já existem. Barreira de argila compactada, para enfrentar a fúria da água e do vento. São quilômetros de diques.

Estivemos na Índia, nos Sunderbans, um emaranhado de ilhas, território do temido tigre de bengala. Onde os rios Ganges e Brahmaputra desembocam no oceano, a água salgada entra com as marés.

Um lugar que não parece feito para a vida humana. Mas quatro milhões de indianos arrancam desta lama o seu sustento.

No mundo 925 milhões de pessoas passam fome. A família humana precisa colocar água no feijão.

Nos Sunderbans, conter o rio é questão de vida e morte.

Acontece que quando a maré está alta, o nível da água já está acima do nível da vila e dos campos com as plantações. Quando chegam as monções, as chuvas fortes vêm também as tempestades. E se durante essas tempestades o dique for rompido, a água salgada do rio pode invadir os campos e matar todas as plantações.

E isso significa um ano de fome pela frente. Porque nessa parte do mundo, quem não tem o que colher também não tem o que comer.

Em 2011, um tufão fez a água transbordar para dentro de uma vila, como uma onda gigante.

Uma mulher conta que nunca viu nada igual. Uma sobrinha correu com o filho no colo procurando abrigo, mas foi derrubada pela água, que levou o bebê.

Quando a enchente baixou, deixou a terra com tanto sal, que poucos pés brotaram na lavoura de feijão, a principal fonte de proteína na região.

O camponês se pergunta como vai alimentar os filhos, se a ilha toda foi afetada e os vizinhos e amigos também estão contando os grãos?

“Aqui a gente não tem dinheiro, não pode comprar comida no mercado”, diz uma mulher. “Minha sorte é que tenho só dois filhos”, completa.

Dois filhos é o lema do programa de planejamento familiar do governo para conter o crescimento populacional no país que 1,2 bilhões de habitantes em uma área que é menos da metade da brasileira.


É a maior concentração de pobres do mundo. A maioria dos indianos depende do que planta para comer. Três de cada quatro comem menos do que precisariam para ter uma vida saudável.

E até 2025 a Índia terá ultrapassado a China e será o país mais populoso da Terra.

Do outro lado do mundo, o maior problema de saúde pública é comida demais. Um norte americano consome em média o dobro de calorias a que um indiano tem acesso.
Mais da metade da população dos Estados Unidos está acima do peso. E engordando cada vez mais. A relação deles com a comida é bem ilustrada em um buffet, em Las Vegas.

Por apenas US$ 30, o equivalente a menos de R$ 60, a pessoa pode num espaço de 24 horas comer em qualquer restaurante da rede. Comer o que quiser e quanto quiser. O resultado é que elas acabam comendo muito mais do que precisam. Em média um 1,5 quilo por refeição. Quase cinco quilos ao final das 24 horas - em café da manhã, almoço e jantar, e lanchinho nos intervalos.

Os números no buffet são assustadores. Cem metros de balcão de comida. Consumo diário de 250 quilos de purê de batata, 1500 ovos. Mais 300 quilos de carne só no balcão de grelhados. E 600 quilos de pata de caranguejo.

O chef diz que é um desafio preparar toneladas de comida por dia. Quero saber se as pessoas deixam comida no prato, e ele confirma. 300 a 400 quilos vão para o lixo todos os dias.

A fome que aflige um em cada sete humanos, não é por falta de alimentos.

“A fome é resultado da pobreza, da desigualdade e da miséria. Não é um problema de produção”, afirma Renato Maluf, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

A produção mundial de alimentos ainda dá conta. E evoluiu. No Brasil mega empresas agrícolas mudaram a paisagem do campo. Plantamos e colhemos com uma eficiência que não era nem sonhada há duas gerações.

Nelson Vigolo, 200 mil hectares de terra plantadas em Mato Grosso, imagina o avô, pequeno agricultor do Sul, diante dessa grandiosidade

“Se ele chegasse aqui e enxergasse tudo isso, visse tudo isso daqui, ele ia falar: ‘Oh, bando de louco’”, diz.

A loucura começou com o avanço sobre o Cerrado e a Amazônia.

A terra ocupada para agricultura e pecuária no Brasil mais do que dobrou em 40 anos. A mecanização, os defensivos agrícolas e fertilizantes, melhores sementes. Multiplicaram a produtividade. Foi a revolução verde brasileira.

De onde há 20 anos eram colhidas duas toneladas e meia de grãos, hoje saem sete toneladas.

As colheitadeiras levam a soja, e outras máquinas vem atrás, plantando milho.
Em vez de uma safra, duas por ano, porque o ciclo entre plantio e colheita ficou menor.
Em constante crescimento de produtividade em cima da mesma área, sem novas aberturas de áreas. E isso que contribuiu muito pra alimentar o mundo.

De Mato Grosso para a China, principal consumidora da soja brasileira. Nos anos 60, 30 milhões de chineses morreram de fome.

Mas a China enriqueceu e fez do mundo seu quintal para todo tipo de produto, do aço, aos alimentos.

O temor agora é o que vai acontecer com o preço da comida, quando um 1,3 bilhões de chineses se sentam à mesa para comer bem.

O analista Arthur Kroeber diz que os chineses vão comer cada vez melhor, com a dieta mais rica em proteína. E como eles não têm espaço para produzir, vão importar, cada vez mais, carne a grãos.

O consumo sobe em vários países em desenvolvimento, e a população continua crescendo.

Até 2050 seremos 9 bilhões. O que significa alimentar três a mais, contando o 1bilhão que já passa fome. E nós já usamos 40% da superfície terrestre para plantar.

A solução mais fácil seria aumentar as áreas plantadas, mas no mundo inteiro só sobraram terras que ainda estão cobertas por florestas. E a gente sabe que a destruição das florestas aumenta o aquecimento global e isso pode prejudicar a produtividade das lavouras que já existem. Resta então aumentar essa produtividade. Mas ainda é possível logo depois da imensa Revolução Verde?

“Talvez até haja um papel relevante para a engenharia genética. Olha aqui um ambientalista falando isso. Mas além da ciência e da tecnologia, nós vamos ter que mudar os padrões de consumo”, afirma o economista Sergio Besserman.

Principalmente da carne, que é a que mais suga recursos naturais. No mundo inteiro, quem pode pagar, come mais carne do que precisa.

Mas a produção pode ficar mais eficiente também. O Brasil tem mais gado do que gente.

E, para alimentar o imenso rebanho, ocupa o dobro do espaço da agricultura. Mas isso pode mudar. Basta fazer a produção mais eficiente.

O governo brasileiro já fez as contas: dá para reduzir para menos da metade a área ocupada por um boi no campo.

“Hoje em dia não é mais problema técnico, é questão de querer fazer”, alerta o secretário Arnaldo Carneiro.

Com o que já se sabe: melhoramento genético, boas pastagens e manejo.

“Com o conhecimento que nos temos hoje, acumulado e pronto para ser disseminado, nos teríamos um ganho de produtividade na atividade agropecuária com economia de terra. Poderíamos hoje, com a mesma área da pecuária, dobrar ou triplicar a produção”, completa Arnaldo.

E diminuir a pressão sobre as florestas que são derrubadas para o gado entrar. E ainda aumentar o espaço para lavoura.

Mas também é preciso incentivar a produção local.

“Mais de 70% da alimentação do brasileiro vem da agricultura familiar”, afirma Renato Maluf.

De volta aos Sunderbans, lugar onde com frequência a lavoura não produz, as redes voltam quase vazias. Mesmo que as mulheres raspem com suas redes o leito lamacento do rio.

Susanta Mondal, pai de dois meninos entrou na floresta para tentar pegar caranguejos.
A mulher tentou impedi-lo. Conta que num sonho, a deusa da floresta avisou do perigo. Mas a família precisava comer.

Mondal ainda estava no barco quando o tigre atacou. Virou a embarcação.
Durante 25 minutos ele lutou contra o maior felino do mundo. Não sabe como conseguiu escapar. Ficou semanas entre a vida e a morte. Perdeu um olho. Ganhou marcas das garras que nunca sairão do seu corpo.

O desafio, no mundo todo, é encontrar o desenvolvimento sem destruir o que resta da natureza. Que na maioria das vezes não ataca nem se defende. Mas quando ela é derrotada, somos sempre nós que perdemos.

Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1680596-15605,00-LOTACAO+ESGOTADA+MILHOES+DE+PESSOAS+NO+MUNDO+PASSAM+FOME.html

Postado por MSUL Priscila

Tarefas para o Blogfólio módulo 5

a – o subgrupo “1” - Priscila - ficará responsável pelo desenvolvimento técnico da página do Blogfólio. Será dele a função das escolhas dos temas, layout da página, busca por figuras, escolha dos “gadget” que farão parte do Blogfólio, além de outras funcionalidades. Para tanto este subgrupo deverá estudar com bastante atenção o “Tutorial Blogfólio”, antes de iniciar o seu trabalho.

b – o subgrupo “2”- JORDANA - irá desenvolver os conceitos que foram discutidos nos Módulos e que farão parte do Blogfólio.
 
c – o subgrupo “3”- PRISCILA- realizará um levantamento bibliográfico sobre o tema escolhido, além das obras citadas nos Módulos.
 
d - o subgrupo “4” - POLIANA VERDAM - irá pesquisar na comunidade casos que se ajustam ao tema escolhido e farão um resumo do mesmo.

e – o subgrupo “5”- ÉRIKA poderá desenvolver um estudo do cotidiano das relações de gênero e raça do município do Polo e região ao redor.
 
f – o subgrupo “6”- ISABELA irá fazer um levantamento de casos de violência de gênero do município do Polo e região ao redor.
 
g – o subgrupo “N”- Todos irão fazer um levantamento de casos de discriminação étnico/ racial do município do Polo e região ao redor.






MSUL Priscila

Mulher piloto diz que expulsou passageiro de voo por segurança.

Mulher piloto diz que expulsou passageiro de voo por segurança
Uma polêmica na pista do aeroporto. Em um voo prestes a decolar, um passageiro avisa que não teria embarcado se soubesse que a comandante do avião era uma mulher.

A piloto então chama a Polícia Federal e determina o desembarque do passageiro. E levanta a discussão: a atitude do homem foi machista?

A mineira Betânia tem mais de nove mil horas de voo. Ela recentemente passou por uma situação constrangedora e inédita nos seus quase 20 anos de carreira, provocada por um passageiro na hora da decolagem.

“Ele afirmou que faria uma reclamação para companhia, para informar quando fosse uma mulher comandante, para ele ter a opção de não embarcar. Eu perguntei para ele, se ele soubesse que seria uma comandante mulher, ele falou que não embarcaria”, conta a piloto Betânia Porto Pinto.

No último dia 18, o plano de voo do avião da Trip, pilotado por Betânia, era decolar do Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana Belo Horizonte, fazer escala em Goiânia, e chegar a Palmas, Tocantins.

Betânia conta que ele falou que não gostaria de voar com mulher, e que estava indo porque precisava. A piloto explicou que antes de levantar voo, ordenou a retirada do passageiro por uma questão de segurança.

“Se acontece qualquer coisa, uma rajada, turbulência, que ele sinta desconfortável e entra em pânico, ele pode colocar um avião com 100 pessoas inteiro em pânico”, diz.

Depois de quase de uma hora de confusão. “Ele ficou mais alterado, veio para frente, começou a fazer discurso, os passageiros se alteraram com ele, falaram que era para ele resolver a vida dele e descer”, lembra a piloto.

Um empresário testemunhou tudo.

“Levou uma vaia e desceu tranquilo, sorridente, como se nada tivesse acontecido. Um preconceito que eu nunca vi igual”, conta Paulo César de Oliveira

O passageiro saiu do avião acompanhado por um delegado e dois agentes da Polícia Federal. Ele não embarcou em nenhum outro voo da companhia. O bilhete continua em aberto.

O Fantástico tentou falar com o homem que não queria voar com uma piloto mulher. Por telefone, conversamos com a esposa dele.

“Ele não quer falar. Ele ficou extremamente chateado com o que aconteceu. Nunca tinha acontecido isso”, disse.

Mulheres no comando de aviões representam menos de 2% dos mais de 17 mil pilotos que atuam no Brasil.

Mas esse número está crescendo. De 2003 a 2011, as licenças de piloto para mulheres aumentaram de 43 para 230.

“Quando uma mulher se apresenta no mercado com as mesmas credenciais de um homem para uma função, ela tem que provar muito mais que ela é competente”, analisa a socióloga Maria Rosa Lombardi.

E não é só na aviação civil que elas estão presentes.

“Chegar aqui para mim, com certeza foi o meu sonho”, diz a tenente Joyce de Souza.

A tenente é a primeira mulher a comandar um Hércules, um gigante da Força Aérea Brasileira.


“Às vezes você ouve brincadeira, 'ainda bem que não faz baliza, não tem poste'. Mas preconceito, desconfiança séria, achar que você não é capaz, eu tenho muita satisfação de dizer que eu não passei por essa situação”, diz.

“O fato de ter uma mulher no comando da aeronave é um orgulho para tropa paraquedista”, diz.

Mas, e no aeroporto, o que pensa quem está pronto para viajar?

Sim, não sei e com certeza foram as respostas de alguns passageiros no aeroporto.



Disponívem em:<http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1680595-15605,00-MULHER+PILOTO+DIZ+QUE+EXPULSOU+PASSAGEIRO+DE+VOO+POR+SEGURANCA.html>.Acesso em 28 de maio 2012.


Postado por:MSUL Priscila