quinta-feira, 21 de julho de 2011

Diversidade e igualdade de direitos no SUS

Escrito por Lógicos | 10 Julho 2011
Na manhã do segundo dia do 27º Congresso do Conasems, uma proposta diferente de debate reuniu gestores municipais, pesquisadores e movimento social em uma Conversa Afiada sobre  Diversidade e discriminação no Sistema Único de Saúde. Na Conversa Afiada a proposta foi lançar duas perguntas provocadoras sobre o tema “Diversidade de Sujeitos Igualdade de Direitos no SUS”. 
Antes de iniciar o debate, um fato ilustrou o problema da falta de acessibilidade vivido por muitos brasileiros. Uma das convidadas para integrar os debates, a representante da Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República que é cadeirante, não conseguiu acesso ao palco, pois os elevadores de acesso do auditório Alvorada estavam quebrados. A solução foi mudar o debate para o espaço da Roda de Conversa, na área de estandes. Além do atraso, o fato serviu de ponto de partida para o coordenador da Conversa Afiada e representante do Conselho Honorário do Conasems, Neilton Araújo de Oliveira, abrir o debate.
Como superar os riscos de manutenção de práticas discriminatórias e preconceituosas no ambiente da saúde, diante da tendência à banalização de atos de exclusão que perpetuam as iniqüidades? Como perceber que essas práticas restringem cada vez mais o acesso e a qualidade da assistência à saúde, colaborando ainda mais com o adoecimento e a vulnerabilidade de populações específicas? Estas foram as duas perguntas provocadoras lançadas aos debatedores.
Convergência na diversidade - Participaram do debate representantes dos movimentos da população Negra, LGBT, Mulheres e Pessoas com deficiência. Também gestores federais do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação e das Secretárias Especiais da Presidência da República. Apesar da diversidade de atores todos foram unânimes ao apontar o reconhecimento da desigualdade como primeiro passo na solução das questões.
“É preciso reconhecer que a discriminação no SUS começa na sociedade brasileira que tem o preconceito arraigado em sua história, por isso a solução passa pelo reconhecimento da desigualdade”, resumiu a representante do movimento da População Negra no Conselho Nacional de Saúde (CNS), Jurema Werneck.
“O primeiro direito a ser conquistado na luta contra a desigualdade, na luta do movimento LGBT, reside no reconhecimento do nosso direito de existir”, destacou a representante do Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, Lurdinha Rodrigues (CNS). “É na visibilidade dos direitos que reside um dos caminhos da cidadania plena. Só reivindicamos nossos direitos quando sabemos que os temos. Isso se chama emancipação”, completou o representante do Departamento de DST/AIDS, Dirceu Bartolomeu Greco.

Postado por: #MSUL Priscila Pavão Perim

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